É tudo uma questão de controle: social, da musculatura, mental, da respiração e do apetite. 9 quilos e tudo fecha de novo... Corta carboidrato e a Regiane resolve que vai comer Arnaldo's todo dia! “Doce vingança”, ela diz.
Aguenta firme, Ana... come pera.
Contrai-relaxa-contrai-relaxa-contrai-relaxa. E o TCC esperando a boa vontade da minha musculatura. Dividida entre o controle social e o pompoarismo, entre a Keiko e uma dieta saudável, entre o peso e a leveza.
Natação, caminhar no Igapó ou academia? Um grande amor ou uma brincadeira? Caladinhos, abraçadinhos, comportadinhos – sãos. Tudo em nome da sanidade!
Nem puta nem beata. Curiosa, talvez. Curiosa e bi. Bi... de bizarra. Bi de bi mesmo – adorei. E rimos: “Bi de bissexual”.
Quietinha e sã, encolhida nessa cadeira ouvindo alguém dizer que o Roberto Marinho sofreu muito pra chegar onde chegou e tentando planejar as próximas horas pra conseguir sair viva dessa reunião e tomar uma gelada na Keiko em nome do “sofrimento e vitória do Roberto Marinho” antes que sua aula acabe, que o ar me falte e que a paciência finde e eu grite pra esta topeira que muita gente sofreu pr'aquele fascista chegar onde chegou.
Afirmo que não vou passar a noite aqui e pouco tempo depois caio no sono. Acordo as três e ouço a chuva. É um desses momentos que penso que vou te deixar e me apaixono. Apaixonada porque vou embora, você vai ligar e eu não terei coragem de dizer que não quero mais vê-lo. Inventarei desculpas medíocres até que você entenda e pare de ligar e eu pare de sofrer. Talvez nem se importe. “Era só um caso”, você há de dizer.
Ah... nós e nossos “amores tristes”. Três horas e eu me reviro na cama, chove, você dorme, me apaixono, decido te abandonar e durmo de novo.
Três dias depois: Controle Social, Keiko, os sofrimentos do Roberto Marinho, dieta e eu corro pra te encontrar. Você chega com seus presentes loucos e eu só de toalha. Sugestivo.
Podemos optar por uma divisão técnica, o CMS aprova. Naquela piscina foi a mesma coisa e você nem percebeu. Tem reunião na 17ª amanhã. Fiquei comovida com a sua satisfação e a minha melancolia. Esta prestação de contas patética e o CMS também aprova. Caminhada segunda, quarta e quinta. Restrições, meu bem? Não, nenhuma. Tem pera ali na quitanda. “Às vezes, me sinto apaixonada por você... mas, é só às vezes.”
Eis o Controle Social e o auto-controle. De fundo, um samba avisa: “A gente ri, a gente chora e joga fora o que passou”...
Contrai-relaxa-contrai-relaxa-contrai-relaxa.
Enfim, temos (quase) tudo sob controle.
“A gente ri, a gente chora
E joga fora o que passou
A gente ri, a gente chora
E comemora um novo amor”
(Novo amor – Roberta Sá. Composição: Edu Krieger)