sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Poeminha Feliz


Escrevi um poeminha hoje e ele é todo feliz. Sinto-me bem, por isso me permiti tal pieguice. Só não vou postar porque tenho medo da fúria dos poetas que possam identificar nele toda a minha carência de técnica e aptidão. É que esses poetas conservadores já não têm em alta conta os meus palavrões. Mas eu gosto deles, por isso não quero ofendê-los ainda mais com meu poeminha feliz. Apaixonei-me por um poeta... desses bem conservadores, de palavras eruditas e técnicas rebuscadas – mas ele me abandonou. Há quem diga que foi por causa dos meus palavrões.
Mas, não sou poeta. Apenas estou feliz e me sinto na obrigação de expressar isso aqui, pois as experiências anteriores de canais de comunicação estabelecidos pelo viés da melancolia me traumatizaram. Essas coisas não terminam bem – garanto!
O fato é que ontem à noite reli cartas antigas, analisei palavras mortas, relembrei momentos bons, chorei saudades e fiz novas promessas. Coloquei em dia todas as minhas lágrimas e dormi... Despida de qualquer vaidade ou preconceito, reconheci que amo quem eu não queria amar e aceitei que falhei quando mais acreditava acertar. Reafirmei meus antigos ideais de solidão e reavaliei escrupulosamente as manifestações desastrosas do meu ego. Estabeleci um foco.
O importante é não perder o foco!
Reconciliei-me com Deus e o mundo – menos com o PT e com o Sílvio Santos, que isso fique bem claro.
Fiz as pazes com o meu estômago e hoje estamos nos entendendo muito bem. Afinal, é ele que não me permite esquecer que eu tenho um corpo – também sou matéria! E, acima de tudo, que o corpo também precisa de alguma atenção e cuidado.
Fiz as pazes com a minha consciência e repassei em suplício todas as quatro situações que me levaram a cometer aquele mesmo erro. Lembrei-me de um amigo que me dizia que não somos iguais a Prometeu. Hoje, penso que são os erros que nos igualam a essa figura mitológica: os erros vão se unindo em correntes. Gostaria de dizer isso a ele, mas, infelizmente, já não somos amigos como outrora. Já não falamos sobre Prometeu e outros ícones de nossas “introjeções” psicoemocionais.
Também me entendi com Deus e parei para pensar que tem certas coisas que não se pede nem mesmo pra Ele. Entramos num acordo de que Ele continuará sendo infinitamente misericordioso, mas que isso não é motivo pra que eu fique abusando por aqui.
Dormi como há muitas noites não dormia e acordei muito antes de amanhecer sentindo uma dor estranha. Dor física. Mas não conseguia descobrir onde doía... Só sabia que estava doendo e doendo dormi de novo...
E eis que o dia amanheceu sem correntes.
Perdoei-me.
Rezei pelo Obama.
Sorri para o visinho.
Aceitei convites outrora inaceitáveis.
E cantei o samba dos últimos quatro meses.
Deixemos as cruzes e correntes. A solidão é possível e eu tenho as mãos livres.
Deixemos os covardes aos desígnios de Deus. Apesar de tê-los apontado como os grandes responsáveis pelos desencontros mais tristes da vida, não quero mais julgá-los e desejo que sejam felizes. Se possível, que superem a covardia e sejam abençoados com a força de Hércules para lutar pelos amores e caprichos e liberdade de expressão de que precisam.
Deixemos os erros recorrentes. Sem a ingenuidade de pensar que os inéditos não virão.
Deixemos a saudade doer escavado naquele cantinho do corpo da gente que parece ter sido criado por ela mesmo porque antes de saber o que é saudade a gente nem sabia que esse cantinho existia.
Um dia eu mato essa infeliz, ou então, ela se cansa de doer aqui e vai procurar outro alguém onde criar cantinhos para escavar a dor.
O mundo se acabando e eu aqui... me transformando na grande vítima dos infortúnios do caminho.
A humanidade se digladiando e eu fazendo da minha vida um caos maior do que a Faixa de Gaza.
A Daia dizendo “Eita porra” e eu dizendo que meu coração está estraçalhado (juro que nunca vi maior anástrofe).
A cerveja aí, geladinha... e eu tentando entender a Loucura que rege certos âmbitos da minha vida.
Os amigos afinando a voz pra cantar os melhores sambas do mundo comigo... e eu tapando os ouvidos com mãos presas por correntes de erros impublicáveis.
Fevereiro está aí.
Tem formatura!
Superei o bloqueio e marquei salão: corte ou penteado? Loja: sandália preta ou prata? Vestido: com broche e sem colar ou o inverso?
E esse decote, meu Deus?... Minha irmã se aborrece: “Deixe o decote, sua tonta!”
Maquiagem: é pra destacar os olhos? Puta merda – esse nódulo ainda está aqui. Pressiono-o com o dedo indicador e ele desliza sob a fina pele da pálpebra inferior esquerda. Sim, ele ainda está aqui.
E a Residência? Cancelaram. Ao receber a notícia fiquei chateada por trinta e dois segundos, depois comecei a rir. Deixa pra lá.
Vai rolar um som daqui uns dias, numa casa lá na Avenida... Estou aguardando ansiosamente, tovarich Ricardo (e só estou escrevendo isso aqui porque sei que tenho recebido sua ilustre visita). Estou é cobrando mesmo, pra ver se esse som rola logo porque o Joubert faz propaganda desde o ano passado.
Fevereiro será assim: cerveja gelada e boa música.
Deixemos o resto pra março, abril, maio... Pra quando eu matar a saudade ou ela se cansar de mim.
Até lá, que venham os erros inéditos. Pois os velhos eu estou estoicamente disposta a nunca mais cometer.
Abraço a todos.

PS: Para os caros leitores deste humilde blog que não me conhecem - apresento-me: essa aí da foto sou eu!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O inverso também acontece...


E essa necessidade doentia de escrever.
Há quem vá ao médico quando se sente mal. Eu preciso escrever.
Hoje me dei conta de que cometi o mesmo erro quatro vezes em menos de seis meses. Isso faz com que me sinta decadente.
Existem nações inteiras, gerações de etnias, comunidades, sociedades e povos diversos espalhados pelo mundo cometendo o mesmo erro há séculos e não se sentem assim. O conflito no Oriente Médio, o PT, os programas de auditório são provas irrefutáveis de que o ser humano se apega ao que é incontestavelmente destrutivo.
“O desespero eu aguento. O que me apavora é essa esperança”. Frase do Millor Fernandes. Ele está certo. A esperança eterniza o conflito, legitima o PT, imortaliza o Sílvio Santos, acorrenta minhas mãos e me coloca repetidas vezes diante da mesma situação. E lá vou eu de novo, de cara limpa, viver a mesma história para depois me lembrar de que havia prometido a Deus e todos os demônios que dessa vez aprendi a lição. Mentira. Sabe aquele clichê que diz que a gente aprende com os erros? Comigo não funciona. É por isso que reluto em sorrir a cada atitude louvável do Obama. A gente se enche de esperança com um democrata aparentemente sensato, mas amanhã não se sabe...
Nessa tarde chuvosa, não há o que fazer. Só esperar que a chuva passe, que a semana passe, que o mês acabe... Que o Obama decepcione...
Fevereiro tem a prova da Residência multiprofissional. Eu até estudei.
Tem a formatura. Aquele vestido detestável, salto, maquiagem, penteado... Meu Deus, onde eu estava com a cabeça quando decidi participar desse circo? Já estou traumatizada antes mesmo do fato acontecer. E também já consegui contaminar todos os meus convidados com a minha raiva contra esse evento. Todos, menos a minha irmã, que me fala todos os dias sobre a grande noite e já provou quinze mil vestidos e não consegue se decidir por nenhum. Há tempos perdi o poder de persuasão sobre ela... preciso ir embora daqui. Até parece que é ela quem vai se formar...
Antes fosse. Ela saberia o que fazer com esse diploma.
Quatro vezes em menos de seis meses.
Voltei a me entupir de literatura. Eis algo que faço de misericordioso comigo. Estou na Rússia pré-revolução bolchevique em meio àquele povo miserável e degradado. Observo alguns cortiços, presencio brigas patéticas entre moradores, me espanto com o pauperismo e penso em Lênin... Tudo isso ao som de Miles Davis.
“Alguém se lembra de quando começou a ouvir Jazz?” Fiz essa pergunta aos amigos Joubert e Ricardo (pode ser que o Manga também já estivesse lá, não me lembro) na mesa do bar. Comecei a ouvir Jazz há pouco tempo e ainda estou indignada. Um dia li que Jazz é sensual – mas não é só isso. Miles Davis é obsceno! É um atentado violento ao pudor. Sobre Coltrane eu ainda não ouso falar nada. Deixem-me ouvir mais algumas vezes, mais algumas madrugadas russas, mais alguns erros...
O problema é que as músicas sempre se atrelam ao que estou vivendo. Por isso abandonei (temporariamente, espero) o que estive ouvindo nos últimos quatro meses. Meu TCC tem a cara da Elis do Jair e do Zimbo Trio e minha dor de amor tem a cadência do samba. Decidi deixar em paz minha memória afetiva e intelectual e descobrir músicas sem passado. Não sei como nem porque caí no Miles Davis, que me afaga com seu sax sem memória.
Descobri também o Leonard Cohen, por indicação do caro amigo Joubert. Aproveito para agradecer a dica. O músico canadense tem me falado sobre verdades que eu não gostaria de ouvir no momento – mas, So Long, Marianne é linda demais para que eu consiga evitar. Ouço suas verdades inconvenientes... Ah, também tem a Melissa Etheridge – I Need To Wake Up: “Now i am throwing off the carelessness of youth/To listen to an inconvenient truth”.
Gostaria de escrever sobre meus dias lindos e otimistas. Sobre as manhãs nas quais acordo maravilhosamente feliz e meu estômago finge que ama o café e o cigarro. Sobre as conversas com pessoas que me fazem rir até perder o ar... Mas não conheço as palavras que descrevem belas manhãs.
É o meu sentimento de decadência que me faz escrever.
É o meu erro cometido quatro vezes em menos de seis meses que me leva ao reino obscuro da escrita.
É o meu pavor da esperança que me põe no limbo da pretensão literária.
É natural: não sou escritora. Nem sei escrever. Quem escreve mesmo, escreve sobre qualquer coisa, qualquer tema, todo assunto, em qualquer estado de espírito... Por isso consegue viver do que faz.
Gostaria de saber escrever igual o Fernando Sabino. Não queria a cultura dos eruditos – somente a capacidade de colher no cotidiano os sorrisos e olhares dos quais nascem bons contos. Sinto uma inveja desgraçada de quem escreve bem.
Dia desses encontrei um cantinho aprazível na blogosfera: Puro & Obsceno. Comentei com alguma ênfase a qualidade da escrita e o teor comovente dos textos. O sujeito me achou exagerada. Espero algum dia conseguir entender porque sempre me ofendo se alguém me chama de exagerada. Já deveria ter me convencido do que sou. O Jean alguma vez me taxou de xiita? Não me lembro, mas penso que sim.
Mas o tal blog é ótimo – quem conhece sabe. E quem me conhece também sabe as razões da minha comoção diante da frase: “Às vezes quero mandar o amor ir tomar naquele lugar. Você não?”
Eu mando. Sempre! Manda-se até os sentimentos mais nobres, por que não mandaria a total corrupção biopsicossocial?
Defendo a teoria de alguém que eu não conheço de que xingar é altamente terapêutico. Inversamente ao comum, xingo mais quando estou me sentindo bem. Os palavrões escorrem dos meus lábios com tamanha ingenuidade, que muitos nem se dão conta do meu vocabulário chulo. É que quando estou bem sou razoavelmente espontânea.
Tenho é fases.
Li uma entrevista com a Linda Hamilton onde ela fala sobre seu transtorno bipolar. Fiquei um pouco inquieta, mas procurei esquecer isso. Afinal, a última coisa que preciso é me convencer de que possuo um transtorno mental com um nome desses e tão sério. Na verdade, de perto ninguém é sãozinho.
Deixa pra lá. Tenho meus altos e baixos.
E o fim do expediente que não chega nunca. Parece que faz um mês que estou aqui dentro, e que está chovendo e que olho para as mesmas pessoas que me fazem as mesmas perguntas e riem das mesmas bobagens... Tem alguém aqui fazendo palavras cruzadas.
Meu telefone toca e é alguém com quem eu não quero falar e que vai me dizer as palavras que eu já conheço e não quero ouvir. Entendo você, caro Millor – essa esperança me apavora também. Por que me ligam no horário de expediente se sabem que essa é uma desculpa perfeita para eu não atender?
A esperança me põe “comovida”. Os textos do tal blog também. Assim, com aspas mesmo... pois sou exagerada.
A covardia também. Comove-me ver pessoas que sempre ostentaram posturas de coragem e glória sendo aniquiladas pela insígnia do medo. E o inverso também acontece com bastante freqüência: os mais medrosos e apavorados descobrem-se guerreiros destemidos diante de incentivos insólitos. Mas isso já é assunto para outro dia.
Fim do expediente. Acendo um cigarro e vou para casa.
A polícia está perseguindo o visinho, tem um pandemônio logo ali na esquina.
O visinho é um moleque mirrado que espancou um policial forte e treinado. O inverso também acontece...
Mas isso também é outro assunto.
Até mais.

PS: Coincidência ou não – vi hoje essa foto que acompanha o post. Considerando as devidas proporções, me lembrei do visinho.

domingo, 25 de janeiro de 2009

I'm Your Man - Leonard Cohen


If you want a lover

I'll do anything you ask me to

And if you want another kind of love

I'll wear a mask for you

If you want a partner

Take my hand

Or if you want to strike me down in anger

Here I stand

I'm your man


If you want a boxer

I will step into the ring for you

And if you want a doctor

I'll examine every inch of you

If you want a driver

Climb inside

Or if you want to take me for a ride

You know you can

I'm your man


Ah, the moon's too bright

The chain's too tight

The beast won't go to sleep

I've been running through these promises to you

That I made and I could not keep

Ah but a man never got a woman back

Not by begging on his knees

Or I'd crawl to you baby

And I'd fall at your feet

And I'd howl at your beauty

Like a dog in heat

And I'd claw at your heart

And I'd tear at your sheet

I'd say please, please

I'm your man


And if you've got to sleep

A moment on the road

I will steer for you

And if you want to work the street alone

I'll disappear for you

If you want a father for your child

Or only want to walk with me a while

Across the sand

I'm your man


If you want a lover

I'll do anything that you ask me to

And if you want another kind of love

I'll wear a mask for you.


É realmente ótimo, Joubert.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Amor é bicho instruído


Amor é bicho instruído

Olha: o amor pulou o muro

o amor subiu na árvore

em tempo de se estrepar.

Pronto, o amor se estrepou.

Daqui estou vendo o sangue

que escorre do corpo andrógino.

Essa ferida, meu bem

às vezes não sara nunca

às vezes sara amanhã.


Carlos Drummond de Andrade

sábado, 17 de janeiro de 2009

Inspiração Literária


Quando estiver entediado e desprovido de inspiração literária, assista a um filme francês que lhe dê algum entusiasmo, crie um personagem em preto e branco, dê-lhe algumas verdades perecíveis e total atenção até o dia em que se sentir suficientemente apto para escrever sobre o que quiser novamente. Isso irá lhe render contos e poemas primorosos. Em seguida, tome um belo porre, faça amor com sua esposa e dê uma big festa para comemorar a supremacia da instituição Família.
Esqueça conceitos como dignidade, coragem e responsabilidade, pois eles não fazem ninguém feliz, são absolutamente dispensáveis, além de totalmente avessos à arte de escrever.
Liberdade é a palavra certa: sinta-se livre para fazer o que quiser com quem quiser!
Por que será que as pessoas demoram tanto para descobrir que a felicidade é simples assim e que personagens em preto e branco não valem à pena?

A foto é uma cena do filme Amantes Constantes de Philippe Garrel.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Dias assim...


a solidão sempre aparece com beijos & bombons

a solidão faz visitas regulares a seus amigos íntimos

a solidão procura o inverno em pleno verão

a solidão brinca no mar com seus dedos de açúcar

a solidão vive sorrindo pra desconhecidos

a solidão ainda se emociona com filmes antigos na televisão

a solidão tem olhos escuros, a solidão tem olhos azuis

a solidão tem uma cerca branca com rosas e uma bicicleta

a solidão imagina gueixas cujos olhos são borboletas de vidro

a solidão é uma loucura e arrebata concursos de beleza

a solidão bebe em meu corpo seu próprio desespero

a solidão adora esconde-esconde e amarelinha

a solidão coleciona diários e discos do Coltrane

a solidão usa pijamas de bolinhas e óculos quebrados

a solidão depois do sexo ainda se sente sozinha

a solidão e eu somos apenas bons amigos

a solidão corta meus pulsos com uma gilete de sal

depois sai chapada pelas ruas

com uma folha de alface na lapela


(Rodrigo Garcia Lopes)


A tela é de Edward Hopper, e ilustra perfeitamente em cores e espaço, as palavras de Rodrigo Garcia Lopes.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Cem Anos de Solidão


..."porque as estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda oportunidade sobre a terra."


Gabriel García Márquez.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

(Re)Invenções para 2009


*me enterrar até a medula em um bom curso de inglês;
*(re)aprender a jogar truco (Jean Caio e Rodrigo estão intimados para tentar ensinar mais uma vez);
*ser Assistente Social;
*ler Crime e Castigo, do Dostoievski;
*comer menos;
*fumar menos;
*dormir mais... sempre mais;
*recorrer novamente à homeopatia se eu perceber que a TPM vai fazer alguma vítima fatal;
*morar sozinha (se as condições econômicas permitirem);
*adotar meu querido irmão Abelardo e, se possível, sua noiva Heloísa;
*fazer algum exercício físico (isso eu me lembro que prometi para 2008, mas não deu... só que foi por falta de tempo e por algumas barreiras pseudo-ideológicas);
*visitar meus pais com mais freqüência;
*viajar sozinha pra algum lugar distante;
*xingar menos (principalmente na presença de menores);
*chorar menos (principalmente se for por equívocos ou antes da hora);
*ser mais tolerante (Ai, meu Deus... como é difícil);
*ser mais otimista (que legal!);
*ser mais sociável;
*retirar esse nódulo absurdo do meu olho esquerdo;
*ser mais confiante;
*descobrir a cura do diabetes (brincadeirinha!!!).


PS: Aos familiares e amigos que lêem este humilde blog, aviso que vou apenas tentar, por isso não quero ninguém me cobrando merda nenhuma depois. Obrigada e que 2009 seja um ótimo ano para todos.